O uso da internet já se tornou um hábito de grande parcela da população. É difícil encontrar alguém que nunca navegue na rede. Mesmo parecendo distante da realidade dos motoristas de caminhão, esse costume não é tão diferente.
Pesquisa realizada pela Sontra Cargo – aplicativo que conecta fretes e caminhoneiros – mostra que 19,5% dos motoristas considera a internet um dos cinco itens essenciais nos pontos de parada. Ela perdeu apenas para questões básicas como alimentação (61,7%), estacionamento (49,9%), segurança (27,1%) e serviços mecânicos (22,3%).
O estudo também indicou que a frequência do uso da internet está relacionada ao aumento do número de smartphones entre os motoristas. Dentre os trabalhadores, 71,8% possuem um aparelho próprio que permite o acesso à internet e 62,1% declararam acessar a rede diariamente.
Sendo uma ferramenta para facilitar a comunicação e conseguir entregar as cargas durante as viagens, o uso da internet mudou a maneira como os motoristas encaram a sua rotina de trabalho.
Os dados levantados apontam que 42,1% dos trabalhadores utilizam o celular para a busca de cargas. O acesso à internet por meio de diversas ferramentas – como computadores, notebooks, smartphones e tablets – também é utilizado para a interação em redes sociais (25,8%), acompanhar notícias (24,3%) e para entretenimento (5,4%).
O diálogo entre os motoristas também é facilitado com o uso da internet. Os trabalhadores podem compartilhar entre eles informações sobre as condições das rodovias, acidentes ou qualquer outro imprevisto que atrapalhe o trânsito. Assim podem fazer paradas estratégicas até que a passagem de veículos seja liberada.
Para os motoristas profissionais, também facilita o contato com a empresa para recebimento e envio de informações, e auxilia em questões de segurança.
A Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar) acredita que o uso da internet deve ser consciente. Segundo o presidente da entidade, João Batista da Silva, a internet deve ser utilizada apenas quando o veículo não estiver circulando. “A internet ajuda o motorista em diversos sentidos. Ela só não pode colocar a segurança do trabalhador em risco”, afirma.