Um dos fiéis participantes dos Encontros Jurídicos dos Rodoviários do Nordeste com os juízes do Trabalho, é o presidente da Sindicato das Empresas de Transportes de Carga no Estado da Bahia (Setceb), Antônio Siqueira. Ele entende que empresários e empregados podem conviver em harmonia, cada um se considerando, respeitando os seus direitos e deveres, sem ninguém querer sobressair. “Felizmente, não existe problema nenhum na relação capital e trabalho aqui na Bahia”, disse o empresário. Siqueira diz que o mais importante “é a convivência pacífica e respeitosa que sempre norteou nossos debates”, comentou.
Para ele, o sindicato dos rodoviários dá um salto muito grande na área social com estes encontros. “Digo isto porque aqui estão também empresários da área de transporte tanto rodoviário quanto de passageiros, pois os assuntos interessam não só a nós rodoviários como também a outras categorias. Um congresso como este aprimora, qualifica e atualiza os sindicalistas, promovendo a segurança e maior conhecimento sobre legislação trabalhista e relacionamento interpessoal”, disse.
Lembrou que há muito tempo negocia salário e outras reivindicações de empregados das empresas de transportes de carga com o atual presidente da FITTRN (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Nordeste), Braulino Sena Leite, quando se procura os meios necessários no diálogo. “O pior é quando alguns dirigentes sindicais, na busca de popularidade na categoria, não cumprem nada do que foi acordado vindo desembocar numa greve ou “num mal estar para a categoria vez que também os empresários chegam até onde podem”, disse.
Dando como exemplo de trabalho conjunto entre os dois sindicatos patronal e rodoviários, Siqueira citou o patrocínio do Setceb aos Encontros Jurídicos realizados pela FITTRN em todo o Nordeste, além da Comissão de Conciliação Intersindical), que funciona há alguns anos com representantes dos patrões e dos empregados. “Essa comissão tem por objetivo julgar pequenas reclamações dos trabalhadores antes de darem entrada na Justiça do Trabalho, concluiu.”