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Crise castiga duramente a sociedade brasileira

 

 

Crise castiga duramente a sociedade brasileira

O Brasil nunca esteve à beira de um colapso econômico/social como vem ocorrendo nos últimos dois anos, atingindo inevitavelmente todos os setores da atividade nacional, repercutindo duramente sobre a classe trabalhadora.

O retrato dessa calamidade econômica vivida pelos brasileiros  está estampada em todas as capitais e médias, pequenas e grandes cidades do pais. O número de falências impressiona pelas placas e cartazes de Aluga-se, Vende-se e Passa-se o Ponto, cobrindo ruas e avenidas num quadro de desolação e desânimo. Empresários e empreendedores de todos os níveis estão desmotivados diante de medidas governamentais que não produzem efeitos positivos, aumentando a cada dia o número de desempregados. Hoje, temos 10 milhões 367 mil desempregados.

E o transporte de cargas, principal mola propulsora do progresso do país, experimenta dias angustiantes. Para Braulino Sena Leite, presidente da FITTRN - Federação Interestadual dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Nordeste - a situação é caótica.

- Nunca vivemos situação semelhante. Caminhões de cargas estão estacionados nas garagens das empresas, causando prejuízos incalculáveis. Os empresários não têm condições de trabalhar, pois não há o que transportar e os prejuízos seriam ainda maiores com caminhões rodando. Isso, sem computar também as péssimas condições das rodovias, exigindo consertos e renovação da frota permanentemente. O transporte de cargas no país está estagnado - alerta Braulino.

A insensibilidade do governo extrapola todos os limites da irresponsabilidade e falta de compromisso com a sociedade. É sobre rodas que grande parte de mercadorias e bens domésticos e industriais chegam aos pontos mais distantes do pais, como eletrodomésticos, eletrônicos, aparelhos cirúrgicos, peças para veículos e indústrias, alimentos de múltipla diversidade e, principalmente, remédios. Hoje, com a queda brutal no número de caminhões rodando, a carência desses bens é enorme, paralisando as atividades em regiões diferentes do Brasil. E a culpa, enfatiza Braulino, é unicamente da incoerência e falta de comando do atual governo.   

- Vejam este exemplo. Depois de passar pela Câmara e pelo Senado, a presidente sancionou o aumento ao funcionalismo federal. E o que aconteceu? Mesmo tendo aprovado, ela cancelou o aumento, causando um efeito catastrófico na economia, argumenta o presidente da FITTRN, explicando que no caso dos trabalhadores rodoviários de cargas, existem dificuldades até para realizar a convenção coletiva de trabalhadores com as empresas, gerando expectativas negativas no setor.

Depois de falar sobre o fechamento da Arno, em São Paulo, mandando para as ruas milhares de trabalhadores, além dos efeitos maléficos na economia, Braulino sitou o que ocorre na Bahia, com o corte de R$ 245 milhões no orçamento do Triunal de Justiça.

- Esses fatos inevitáveis geram um clima de insatisfação e incertezas. Em São Paulo, teremos milhares de desempregados, pais de família, o mesmo ocorrendo na Bahia, com esse corte no Tribunal de Justiça. É por essa razão que defendo mudanças radicais na economia, combatendo principalmente os efeitos desastrosos que a falta de comando responsável causa para as classes trabalhadoras.